sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Dispositivo Espião Permite Rastrear Seus Pertenses Através do Seu Smartphone

Novo dispositivo menor que uma moeda permite encontrar até mesmo seu carro através do seu smarthpone. Veja na matéria:

http://dicasdesobrevivencia.com


Atualizado em 2 de junho de 2017
Todos nós em algum momento passamos pela situação de colocar as chaves do carro ou de casa em algum lugar e simplesmente esquecê-las… E quando mais precisamos delas, não encontramos de jeito nenhum, muitas vezes elas estão num lugar que nunca pensaríamos em procurar. Ou ainda a situação de, na correria diária, estacionar o carro e depois não conseguir lembrar em qual vaga o carro ficou. Você não é o único que passou por essas situações. Sabendo desses problemas de nosso cotidiano, um novo dispositivo foi desenvolvido, possibilitando que você localize seus pertences imediatamente, desde suas chaves ou carteira até o seu carro! Tudo com ajuda de seu celular smartphone.

Que dispositivo é esse?

Esse dispositivo é o RastreR. Após ter feito muito sucesso na Europa e Estados Unidos devido ao seu tamanho e a sua confiabildade, o RastreR chegou agora no Brasil.

Como o RastreR funciona?

Usar o RastreR é bem simples. É só baixar o aplicativo gratuito (disponível para iPhone e para Android) e conectar o dispositivo seguindo as instruções. Uma vez conectado, você só precisa colocar o RastreR em seus pertences. Sua funcionalidade não se resume a apenas registrar a localização onde estava conectado, podendo ainda ser usado como alarme, tanto para evitar furtos como ajudar na busca de seus pertences.

Outras funcionalidades

De acordo com o fabricante, o RastreR é usado também por aquelas pessoas que vivem esquecendo onde deixaram a carteira, as chaves e até mesmo o celular. É também útil para encontrar a sua bagagem, bicicleta ou qualquer outro item pessoal. Para aqueles que possuem filhos ou também um animal de estimação, o RastreR também é uma forma eficiente de ser alertado caso eles resolvam se afastar muito de você.
Segundo instruções do fabricante, o RastreR não é apenas utilizado por pessoas que costumam perder chaves e carteira ou até mesmo celular, ele é usado ainda para evitar a perda de malas, bolsas e qualquer variedade de pertence.

Benefícios do RastreR:

  • Encontre seus pertences em segundos;
  • Alarme para encontrar até mesmo os itens mais escondidos;
  • O RastreR ainda o ajuda a encontrar seu celular, fazendo ele tocar, mesmo em modo silencioso
  • Sua bateria que dura em média 1 ano - você nunca precisará recarregar.

Testamos o Rastrer:

Ficamos curiosos com as funcionalidades do RastreR e resolvemos comprar 5 unidades para teste através do site oficial. Após alguns dias, recebemos o produto em uma embalagem de ótima qualidade. É incrível o quão leve e portátil o produto é, sendo bem prático colocá-lo em suas chaves ou carteira. Conectá-lo em nosso smartphone foi muito fácil, não levou sequer um minuto!

Resolvemos simular uma situação cotidiana de perder um pertence. Escondemos o produto em nosso escritório e não levamos mais que 10 segundos para encontrá-lo: a função busca emite um alarme bem alto, sendo impossível de perder os seus pertences. Esse alarme é um ótimo aliado em assaltos, pois o barulho atrai a atenção para o ladrão.

A precisão é outro fator positivo. Após estacionar o carro com o RastreR em uma rua no Rio de Janeiro, nos afastamos da região e procuramos o carro através do smartphone utilizando a função de localização. Ele estava exatamente no local mostrado pela aplicação!

Quanto Custa

Apesar de várias vantagens e funcionalidades, é fácil pensar que o Rastrer custa caro. Ficamos surpresos quando soubemos que a fabricante lançou o produto no Brasil por apenas R$129,90 (com possibilidade de parcelar até 6 vezes). Ainda tem uma promoção de lançamento, ao comprar 2 unidades do RastreR você leva 1 grátis!. Segundo o fabricante, essa oferta não deve durar muito, uma vez que o estoque é limitado.

Conclusão

Com tantas evidências de que funciona e o grande problema que o RastreR resolve, é difícil não recomendar o RastreR. Com tantas funcionalidades e um ótimo preço, o RastreR é um produto extremamente recomendado. Entramos em contato com o fabricante e conseguimos uma incrível promoção de lançamento, basta você clicar logo abaixo:

Promoção exclusiva para nossos leitores: Compre RastreR em 6x com até 75% de desconto!

quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Lembrando Rubem Alves, Suassuna e João Ubaldo

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Pedro Otávio

Hoje, "perambulando" pelas ruas de meu Assu, perto do fim da tarde, me detenho a essa paisagem. Vejo essa casa tão linda, onde um dia fora a sede da Pharmacia Amorim, hoje o seu sótão está assim. Atualmente, nela "faz morada" o aristocrático bar e ponto de encontro para amigos, Bar de "Nêgo" João.

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terça-feira, 1 de agosto de 2017

CALDAS, UM GRANDE POETA BRASILEIRO

 Por Fernando Caldas

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No dia 1º de agosto de 1888, há exatamente 129 anos, nascia em Goianinha, região agreste ao sul do litoral do Rio Grande do Norte, o menino que veio a se chamar João Lins Caldas. Seu pai também chamado João Lins Caldas explorava a agricultura em terra goianinhense, bem como chegou a ser nomeado interinamente Promotor Público da Comarca daquele importante município, e sua mãe Josefa Leopoldina Lins Caldas natural de Goianinha era de tradicional família (Torres Galvão).

Caldas viveu o sudeste do Brasil (Rio de Janeiro e Bauru-SP) entre 1912 a 1933, convivendo com grandes vultos das letras nacionais como, por exemplo, José Geraldo Vieira, considerado um dos precursores do romance moderno brasileiro.

Autor compulsivo, sem ter conseguido publicar-se, retorna em 1933 a cidade de Assu-RN, terra dos seus ancestrais paternos, onde antes teria vivido parte da sua infância e começo da juventude, para viver parte da sua vida adulta e morar com sua mãe e depois sozinho até morrer numa manhã de 19 de maio de 1967.

Em 1936, já estando em terra assuense é surpreendido por José Geraldo que o colocou como personagem principal, na segunda fase do seu romance urbano intitulado Território Humano, encarnado no personagem 'Cássio Murtinho'.

Outro fato importante que engrandece a sua trajetória ocorreu, salvo engano, na década de quarenta, pois o célebre poema de sua autoria sob o titulo “Minha dor na grande guerra” teria sido irradiado pela rádio britânica BBC, um feito que orgulhou o poeta e a terra potiguar.

Por fim, sobre o referenciado poema, depõe o poeta norte-rio-grandense João Celso Neto conforme transcrito adiante:

“Sempre soube que um de seus poemas fora lido na BBC de Londres, “A minha dor na grande guerra”. É causa de admiração constatar que aquele poeta, nos rincões perdidos do Nordeste, demonstrava sua cultura, como dizer que maior que a dor pela segunda grande guerra era a que sentia pelo fim que levara Chénier, guilhotinado pelos que ajudara a fazer a Revolução Francesa.”

Vejamos, para o nosso deleite, o referenciado poema:

“A minha não é, na grande guerra, a dor de todo o sangue que foi derramado.
Nem a das casas desmoronadas,
Nem a dos barcos perdidos
Nem dos bois, os campos talados,
Nem a do trigo,
Nem a dos ferros em sacrifícios sacrificados,
Cruzes ao chão, os cemitérios estilhaçados.
Nada, não.
A minha dor nas dores da grande guerra, não é,
na verdade, a dor de todo o sangue que foi derramado,
Nem a dos inocentes que foram imolados,
Nem a das virgens que foram violadas,
Nem a dos velhos,
Nem a dos moços,
Nem a da fome pelos estômagos enfraquecidos e depauperados,
Nem a dos afundados no mar,
Nem a dos que, estilhaçados, ainda para
Se despedaçarem na terra,
Nem a de todos os filhos,
Nem a de todas as mães,
Nem a de todas as noivas nos seus anseios e nas suas saudades,
Nem a da irmã para o irmão,
Nem a do amigo para o amigo,
Nada, não.
A minha dor nas dores da grande guerra, não é,
Verdadeiramente, a dor de todo o sangue que foi derramado.
Nem na sede, a das ressequidas gargantas cheias de febre,
Nem a do frio, sob as trincheiras,
Os homens para se verem tiritantes e desabrigados...
Nada, não.
Chénier decapitado pela maldade dos homens,
Pela inconsciência da maldade dos homens,
Pela inveja, no desvario todo de toda sua maldade,
E a ignomínia de sua avareza,
E a sua pobreza toda de espiritualidade,
Nada em nada da menor grandeza;
A minha dor nas dores da grande guerra é a
Dor dos cérebros que foram trucidados,
Dos Chénier que nada deram e que tudo sentiram para dar,
Daqueles que sentiam o mar,
Daqueles que sentiam a terra,
E que sentiam o céu, o céu para todo deles se desdobrar,
O céu que era neles tudo de todas as estrelas,
E que deles para se refletir como as estrelas se refletem para o mar.”

segunda-feira, 31 de julho de 2017

"MAS, O QUE VOCÊ FEZ, CHICO BRANCO?"

Francisco Gomes Ferreira - Chico Branco (75), na ultima sexta-feira (28-7)  tombou ferido de morte, na sua própria casa, a pauladas deferidas por um certo jovem frio e covarde. Chico era uma figura popularíssima e querida por todos da então pacata cidade de Assu. Era filho do vaqueiro chamado Henrique do Tejo que eu cheguei ainda a conhecê-lo. Tipo baixo, magro, andar ligeiro, gestos nervosos. Desde menino, Chico Branco começou a trabalhava de afazeres domésticos nas casas de famílias ilustres, moradores do largo da igreja matriz de São João Batista (Centro Histórico do Assu). Com a sua partida, o folclore do Assu fica mais pobre. Afinal, na qualidade de seu conterrâneo e amigo, quero deixar registrado nesta página, a minha indignação e revolta.

"Mas, o que você fez, Chico Branco?" Eu acredito que nada, dado o seu seu temperamento pacifico que lhe era peculiar.

Fernando Caldas

Fotografia de: Focoelho.

domingo, 30 de julho de 2017

BLOG PRESTA HOMENAGEM AO PREFEITO ABELARDO RODRIGUES FILHO PUBLICANDO UM RESUMO BIOGRÁFICO DESTE ILUSTRE VARZEANO EM SEU ANIVERSÁRIO

Aluizio Dias Lacerda
Do ramo industrial Abelardo Rodrigues Filho, atualmente prefeito de Alto do Rodrigues, tem a soberana honra de ter conquistado seis (6) vezes o prestigio popular de governar os destinos da sua querida gente.
Nasceu em Macau na maternidade José Varela em 30 de julho de 1948: filho do casal Abelardo Rodrigues e dona Iracilde Lopes Rodrigues, ambos descendente de tradicional familia da sua terra Natal. 

Abelardo iniciou seus estudos na escola isolada de Alto do Rodrigues, tendo aos 15 anos de idade se mudado para o Rio de Janeiro, morando sobre a proteção de um tio, concluiu seu curso científico, interropendo esta trajetória para trabalhar como óptico na cidade maravilhosa por 11 anos consecutivos.
Em 1974 após o falecimento do seu pai, retornou para a cidade de nascimento, assumindo a responsabilidade de gerenciar os negócios da familia em virtude de ser o herdeiro mais velho em comunhão com os outros irmãos. 


Contraiu matrimônio com Rita Martins da Silva, procriando uma prole de três (3) filhos: o primogênito Abelardo Rodrigues Neto, Wilson Rodrigues e a caçula Ana Paula Rodrigues. Abelardo é avô de seis (6) netos: Abelardo Bisneto, Nathalie, Wilson Filho, Hugo, Laura e Beatriz.


Antes de ir para o Rio de Janeiro ainda adolescente, já ajudava seu pai no comércio que pertencia a familia. Exerceu a profissão de motorista no transporte de cargas e passageiros, dirigindo um caminhão "Mixto", fazendo linha de diariamente no trajeto iniciado na comunidade do Estreito para a cidade de Macau.


Abelardo com visão empreendedora no ano de 1977, instalou a maior indústria de Alto do Rodrigues, inaugurou a Cerâmica Penalto, dando mão de obra, gerando empregos e injetando na economia local uma circulação de dinheiro que fez o municipio crescer durante seu longo período de capacidade produtora.


Em 1982 atendeu convocação de amigos e ingressou na vida pública, vindo nos anos seguintes ser eleito seis vezes para governar os destinos da cidade. 


Abelardo exerceu mandatos de 1983 à 1988,1993 á 1996, 2001 á 2004, 2005 á 2008, 2013 á 2016 e atualmente foi reeleito mais uma vez para um mandato de 2017 á 2020.


Com percurso administrativo invejável, sendo eleito 6 vezes para um mesmo cargo público, o aniversariante é um dos raros prefeitos do Brasil a ostentar tamanho reconhecimento popular.


Diante destas evidentes provas de trabalho em prol da sua coletividade, nossa redação presta esta justa homenagem, expondo para nossos leitores este simplificado resumo biográfico da influente liderança política do Vale do Açú em sua data... Nossos Parabéns!





quarta-feira, 26 de julho de 2017

LEI DE GEORGE SOARES TORNA VAQUEJADAS PATRIMÔNIO NO RN


O deputado estadual George Soares (PR) comemorou a sanção governamental da lei número 10.212, de sua autoria, que torna integrante do patrimônio cultural, imaterial e histórico do Rio Grande do Norte, a VAQUEJADA e suas expressões artístico-culturais.

Essa lei assegura as realizações das vaquejadas no RN, contanto que se sigam as regras discriminadas e os cuidados com os animais envolvidos. No Nordeste, mais de 700 mil pessoas dependem direta ou indiretamente das vaquejadas para sobreviver.

Como parlamentar, George Soares já defendeu diversas vezes as realizações das vaquejadas, mostrando sua importância para a economia do estado. “Empresários de todo o país veem o evento como um próspero negócio. Além disso, as vaquejadas são consideradas Grandes Eventos Populares deixando de ser uma simples manifestação Cultural Nordestina, para ser um fomentador de nossa economia, principalmente, no interior do estado”, justificou o deputado.
Tento me achar em pensamentos perdidos 
E me encontro perdido em pensamentos 
E divago e vago em vácuos da vida 
Por isso escrevo!!! 
Escrevo para viver 
Escrevo para não morrer
Escrevo pelo prazer
De sonhar e não sofrer!

J. A. Simonetti

(Da Linha do tempo (Facebook de Pedro Otávio).
Ser avó é ser mãe duas vezes. 
É um "ato de Deus."
Parabéns pras vovós,
vós, voinhas, 
vovozinhas, 
- pelo seu dia.


terça-feira, 25 de julho de 2017

segunda-feira, 24 de julho de 2017

CENTENÁRIO DO POETA DO 'PURA POESIA':

100 ANOS DE JOÃO FONSECA
A Prefeitura Municipal do Assu denominou o espaço cultural, localizado na lateral do Cine Teatro Dr. Pedro Amorim,  João de Oliveira Fonseca nasceu na Fazenda Itans, zona rural do Assu/RN, no dia 19 de julho de 1917. Filho de Manoel Henrique da Fonsêca e Silva e Delfina de Oliveira Fonseca. Iniciou os seus estudos no antigo Grupo Escolar Tenente Coronel José Correia, a partir de 1924. Ali teve o seu primeiro contado com o mundo das letras. Foi sua primeira professora D. Sinhazinha Wanderley. 

Foi integrante da primeira turma de Técnicos em Contabilidade, pelo Educandário Nossa Senhora das Vitórias, tendo colado grau em 1956. Ensinou, depois, no mesmo Educandário, Contabilidade Pública e bancária. Ingressou no serviço público em 31 de outubro de 1952.

Foi um cidadão modesto, simples e, sobretudo, sincero. Amava a poesia e a música. Devia sua tendência para a poesia (além de ter nascido na ‘Terra dos Poetas’) a poetisa Sinhazinha Wanderley. No gênero poético, deu preferência a trova e a quadra.

O também poeta Celso da Silveira classificou João Fonseca como “de uma geração de assuenses que mais se destacou na inteligência, entre as décadas de 40 e 50 (...). Nenhum, porém, demonstrou a continuidade, a perenidade obsessiva das vertentes poéticas que nem João Fonseca (...).

João Fonseca conviveu com grandes nomes da poesia assuense, entre estes: Sinhazinha Wanderley, Renato Caldas, Francisco Amorim, João Marcolino de Vasconcelos (Dr. Lou), João Lins Caldas, maria Eugênia Montenegro, Manoel Pitomba de Macedo, João Natanael de Macedo... Todos, poetas de expressão e que se consentiram em sofrer a amarga dor do desconhecimento das futuras gerações de assuenses. 

Conheci João Fonseca no início dos anos 80 quando trabalhei com seu filho Lúcio Flávio no BANORTE. Depois fui seu colega de trabalho na Prefeitura do Assu. Nessa época, já se aposentando, João Fonseca era o secretário responsável pela contabilidade do município (início da primeira gestão de Ronaldo Soares – 1982 / 1988), função que vinha exercendo por mais de 30 anos. 

Viveu como um verdadeiro filósofo. Gostava de repetir uma de suas trovas:

A vida, pra ser vivida,
Mistura alegria e mágua,
Eu, no fim de minha vida
Vivo como bosta n’água.

Fumante inveterado, certa vez pediu a Francisco Bernardo (Tico do Mercado) para comprar um maço de cigarros. Devido à demora ficou a cada instante saindo do seu bureau para a porta central da Prefeitura e, nesse interim, fez dois quadras:

Esperando o Cigarro...:

Na minha banca não esbarro,
Quando em vez olho pra rua,
Parece que o meu cigarro
Tico foi comprar na lua...

Continuo Esperando o Cigarro:

Se o cabra tiver a sorte
Quando estiver pra morrer,
Se Tico for ver a morte
Muitos anos irá viver...

João Batista da Costa Corsino – o popular Bodinho – foi um dos seus barceiros de boemia e de Prefeitura. Grande número de suas poesias foram dedicadas a ele. Devido ao tempo de serviço e a frequência assídua João Fonseca fez sua previsão:

Quando Bodinho morrer
Vão fechar a Prefeitura
Porque pode acontecer 
Que volte da sepultura.

João Fonseca tinha terror a aranha caranguejeira e adora mulheres. Como bom poeta também foi contaminado pelo amor feminino, para expressar esse sentimento fez essa analogia:

O amor é ver mordedura
De aranha caranguejeira,
Se não mata a criatura
Aleija pra vida inteira.

A bebida, especialmente a pernambucana Pitú, proporcionava com frequência o encontro dos servidores municipais da sua época. Para evitar o jargão “bebe hoje?!” perguntava: “Vai pernambucar hoje?”

Pernambucar, quer dizer
Nos botecos de Assu,
Um convite pra beber
A saborosa Pitú.

De outra vez o amigo Bodinho foi visto retornando do mercado com apenas dois ovos num saquinho plástico. João Fonseca não perdeu tempo:

Bodinho comprou dois ovos
No mercado, a um feirante.
Os dele já não são novos,
Irá tentar um transplante. 

Nos 15 anos dos seus filhos, Lúcio Flávio e Edna Lúcia, ele fez essas sextilhas:

Lúcio Flávio:

Lúcio, meu querido filho,
Se na vida tive brilho
Que se transmita a você,
- Ame sempre a caridade,
Adore sempre a verdade
Depois saberá porquê.

Edna Lúcia:

Nos quinze anos de idade,
Desejo-lhe felicidade
Na vida que for viver,
Que não tenha desenganos
E que viva muitos anos
Tendo alegria e prazer...

Enfrentando problemas de saúde o médico aconselhou suspender a bebida. Levando na esportiva fez essa glosa:

Isto sim, é um castigo.

Ver cerveja e não beber
Querer falar e ser mudo
Não ter nada e querer tudo
Ver cerveja e não beber,
Querer ver e não poder
Querer ser novo o antigo
Encontrar um velho amigo
Que há muito tempo não vê
Por isso afirma a você
Isto sim, é um castigo.

De infância muito pobre, cresceu com mágoa do popular velhinho do período natalino.

CARTA PARA PAPAI NOEL 

Papai Noel, vagabundo...
Desde que moro no mundo
Ouço falar em você,
Que é bom, que dá presente,
Porém, comigo, somente,
Nunca deu, não sei por quê...

Como as luzes das suas árvores de natal,
Foram as minhas esperanças:
Acenderam-se... e apagaram-se, em seguida,
Como se acenderam e se apagaram
Os mais lindos sonhos de minha vida...

E tudo que era lindo e que era sonho,
Tudo que era grande e era nobre,
Você escondeu no seu saco grande,
E nunca me deu,
Por eu ser uma criança pobre...

Papai Noel, você é da mentira a pura essência...
Na minha infância iludiu minha inocência...
E, hoje, homem feito, a sua tirania é tal,
Que me proíbe de ter um modesto natal...

Papai Noel, desejaria encontra-lo num deserto,
Meu saco cheio de pão, meu cântaro com água,
E você, com fome e sede, carpindo acerba mágoa,
Só para ter o prazer de matá-lo de fome e sede,
Pois só assim sentiria a alegria da vingança
De tudo que você fez comigo, quando criança...

Papai Noel, vagabundo,
Enganador sem segundo,
Não posso querer-lhe bem,
Você matou o meu sonho,
Fui um menino tristonho,
Sou um homem triste também...

Fonte: Pura Poesia – João de Oliveira Fonseca (Escritos Reunidos).

EX-ALUNAS DAS ANTIGAS DO COLÉGIO DAS FREIRAS DE ASSU


Sentadas: Maria Beatriz Montenegro, Marli Mendes. Lourdes Varela, Terezinha de Jesus,
Agachadas: Salete Tavares, Iralice
Em pé: Maria Nivea, Maria da paz Brito, Alzira e Neusa minhas irmãs, Ir. Holanda, eu, Zélia Gurgel, Marlene Mendes, Aracy
Atrás: Salonilde e Bernadete Borba


Fotografia: De Genilda Soares De Macedo Varela

domingo, 23 de julho de 2017

ESCRITORES, POETAS E JORNALISTAS PARTICIPARÃO DE ENCONTRO COM CRIANÇAS E ADOLESCENTES PELO DIA NACIONAL DO ESCRITOR

http://programaregistrando.com.br/

LBV
A Legião da Boa Vontade (LBV), recebe nesta terça-feira, 25, em encontro especial com a garotada atendida no programa Criança: Futuro no Presente! ilustres personalidades da literatura potiguar.
A iniciativa faz parte das celebrações ao Dia Nacional do Escritor, e reunirá jornalistas, poetas e escritores dos mais variados movimentos literários para um bate papo, autógrafos, recitais e poesias entre a meninada. Na oportunidade, os visitantes acompanharão as apresentações culturais e artísticas preparadas com muito carinho pelas crianças e adolescentes da Instituição.
O encontro terá início às 9h, com a presença do escritor e jornalista Everaldo Lopes e também da jornalista Hilneth Correia. Logo mais, às 14h, será a vez da escritora e Presidente da Sociedade dos Poetas Vivos e afins do RN, Ozany Gomes, o escritor, jornalista e produtor cultural Edson Soares, o poeta e apresentador do programa “Cafundó”, Geraldo Maia.
O encontro dos escritores com as crianças e adolescentes da LBV, acontece no Centro Comunitário de Assistência Social da Instituição, localizado à Rua dos Caicos, 2148 – Dix-Sept Rosado. Informações: (84) 3613-1655.
Histórico:
Em 1960, por decreto governamental, o 25 de julho foi instituído como Dia Nacional do Escritor. Tal iniciativa deveu-se ao sucesso do I Festival do Escritor Brasileiro, organizado pela União Brasileira de Escritores (UBE), por iniciativa do presidente da UBE, João Peregrino Júnior e seu vice-presidente, o célebre escritor baiano Jorge Amado
Arivaldo Oliveira
Setor de Comunicação da LBV/RN

GUSTAVO VARELA: UM EXEMPLO DE CORAGEM E PERDÃO


Diante do que tenho vivido desde que fui diagnosticado como portador de câncer e tive que involuntariamente enfrentar todos os contratempos que a doença proporciona, emocional, social e financeira, alguns fatos ficarão gravados na minha memoria e dos meus familiares eternamente.
São muitos os casos pra tão pouco tempo, são muitas as decepções pra tão pouco tempo, são muitos os poucos amigos ora revelados pra tão pouco tempo.
Apesar de tudo, são tantas as descobertas que consola e nos torna mais humano que me pergunto por vezes se o sofrimento compensa para apaziguar certos rancores e magoas que teimam em atrapalhar a nossa vida.
Quero de público citar um fato que se tornou público por ter sido protagonizado por mim nesse mesmo espaço do blog que escrevo.
Fui infeliz ao tratar um fato de puro cunho jornalistico e má interpretação das partes envolvidas, levado pela emoção, partindo para agressões desmedidas escritas nesse blog.
O fato gerou um processo judicial e culminou com a minha condenação gerando um pagamento de determinada quantia ao requerente.
Já em tratamento de radioterapia e quimioterapia, vejo na minha janela de bate-papo no Facebook a seguinte mensagem enviada por Gustavo Varela ” Bom dia, boa tarde ou boa noite. Não sei de que horas você irá ler essa mensagem. Mas estou enviando sem ressentimento, movido unicamente por uma ação de Deus. É Ele que tem me impulsionado a entrar em contato com você para dizer que estou orando pela sua recuperação. Faço isso do modo mais sincero e verdadeiro que possa existir. Espero que o Senhor restaure a sua saúde e principalmente a sua alma. Fique em Paz. Fique bem. Que Deus te abençoe. Gustavo Varela”.
Um mês depois recebo uma ligação da minha amiga e advogada Dra. Rayssa Fonseca me informando que o processo em discussão foi arquivado.
Diante de tais fatos me vejo na obrigação de tornar público o gesto de Gustavo Varela e agradecer a solidariedade humana nesse momento difícil por que passo, que me fez refletir sobre a vida enquanto vida.
Obrigado.
José Regis de Souza
REGIStrando

  UMA VEZ Por Virgínia Victorino (1898/ 1967) Ama-se uma vez só. Mais de um amor de nada serve e nada o justifica. Um só amor absolve, santi...