sábado, 10 de março de 2018

quinta-feira, 8 de março de 2018

Mote
Peço a Deus felicidades
Para as mulheres que amei.
Glosa
Pra vocês lindas mulheres,
Que passaram em minha vida,
Cada uma a mais querida,
Sempre agi como um alferes(1)
Dei festas de mil talheres
De vocês todas gostei
Meu carinho eu lhes dei
Hoje eu sinto saudades
Peço a Deus felicidades
Para as mulheres que amei.
Natal (RN), 08 de março de 2018,
Dedé de Dedeca.

Novo Jesus da Paixão de Cristo chora por cancelamento da peça: 'Lamentável'

Tradicional espetáculo gratuito foi realizado durante 21 anos, no Marco Zero


Hemerson passou por uma seleção entre vários atores. Foto: Shilton Araujo/Esp.DP
Hemerson passou por uma seleção entre vários atores. Foto: Shilton Araujo/Esp.DP


A semana santa da capital pernambucana vai sofrer com uma lacuna importante em 2018. A Paixão de Cristo do Recife, maior evento público e gratuito do período, foi cancelada após 21 anos ininterruptos por conta de problemas com captação de recursos e pelo pouco tempo para recuperar o figurino e o cenário. A edição deste ano estava cercada de expectativa por ser a primeira vez na qual o ator, diretor e produtor José Pimentel cederia o papel de Jesus Cristo - que interpretou por 40 anos - a  Hemerson Moura. Mesmo com esse revés, a intenção dos realizadores é fazer o evento retornar em 2019.


De acordo com o presidente da Associação dos Produtores de Artes Cênicas de Pernambuco (Apacepe) e um dos produtores do espetáculo, Paulo de Castro, a decisão foi tomada na quinta-feira passada. "O orçamento mínimo para realizar a Paixão de Cristo do Recife é de R$ 700 mil. Mesmo tendo R$ 250 mil da Prefeitura do Recife e R$ 150 mil do Governo do Estado, não conseguimos os R$ 300 mil restantes com a iniciativa privada. Agora, mesmo se conseguíssemos o dinheiro restante, não teríamos tempo de levantar a peça".

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A dificuldade crescente em manter o espetáculo já o havia colocado em xeque em anos anteriores. No ano passado, por exemplo, a peça estava para não acontecer e foi anunciada quase de última hora. Em 2018, a situação finalmente se tornou insustentável. "Tínhamos a consciência da necessidade de mudar o cenários e os figurinos, os mesmos desde o início, em 1997. Para completar, o material de cena, guardado em um armazém em Peixinhos, foi destruído por cupins. Só a mesa da Santa Ceia se salvou. Além disso, com a saída de Pimentel do papel de Cristo, houve várias mudanças no elenco. Precisávamos fazer uma nova trilha e isso não estava no nosso custo".

José Pimentel, por sua vez, está esperançoso com o retorno da montagem no próximo ano. "Eu estou bem, a vida continua. Este ano, vou ver a paixão de Cristo dos outros. Não quero ficar parado de jeito nenhum. Em julho, vou dirigir o espetáculo O massacre de Angico: A morte de Lampião e esperar outras propostas. Não tive culpa nesse cancelamento. Me disseram que estou velho para fazer o papel e achavam que bastava mudar o Cristo para o povo prestigiar, mas não foi assim. Você tem que ser um bom ator e acabou. Pretendo voltar em 2019, talvez não como Jesus Cristo, mas como outro personagem".

Pimentel não escondeu sua contrariedade no anúncio, em dezembro passado, do ator que o substituiria como personagem principal. Os ensaios para a edição deste ano começaram em janeiro, mas segundo o veterano, as arestas foram aparadas. "Hemerson estava praticamente pronto para fazer o Cristo. Para mim era difícil, pois vinha a minha marca na cabeça. Estávamos ensaiando apenas a voz, mas o processo estava tranquilo. Dei plena liberdade a ele como diretor".

Já Hemerson Moura, de 39 anos, vencedor da seleção para ser o novo protagonista da Paixão de Cristo do Recife, afirma que a situação já era esperada e se emociona ao falar da sua relação com a peça. Na Semana Santa, ele voltará a participar do Auto da Via Dolorosa, montagem musical realizada em igrejas do Estado pelo Coletivo Ditirambos, do qual ele faz parte. "É lamentável, pois quem perdeu foi a população. Havia um público fiel para a montagem, ela gerava empregos, reunia famílias. É uma tradição que se rompe", disse ele, durante ligação telefônica na qual chorou. Mesmo frustrado com a não realização do espetáculo neste ano, Hemerson diz ter ganho mais visibilidade como ator e aproveitado a oportunidade de conviver com Pimentel. "Ele é um artista de extrema gentileza, sempre foi generoso comigo. Se depender de mim, certamente estaremos no Marco Zero no ano que vem".

HISTÓRICO
Paixão de Cristo do Recife teve sua primeira edição em 1997, imediatamente após José Pimentel sair da Paixão de Cristo de Nova Jerusalém, na qual intepretou o protagonista por 19 anos. Em seus primeiros cinco anos, a peça foi montada no Estádio do Arruda. Depois, passou para o Marco Zero, de onde só saiu no ano de 2006, quando foi encenada em frente ao Forte do Brum. Em sua última edição, contou com cerca de cem atores e quase 300 figurantes. De acordo com Paulo de Castro, mais de 18, milhão de pessoas viram a produção ao longo de sua existência.

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quarta-feira, 7 de março de 2018

Persigam-te meus beijos e carinhos.
A benção do amor e o coração da vida,
Sejam de flores teus lindos caminhos,
Estação da luz e estação florida...
Que te comova o gozar dos ninhos,
E, a cada nota da ilusão sentida,
Longe da mágoa e livre dos espinhos,
Palpite a tua alma reflorida...
Que cantem em as noites luminosas,
Dentro em teu seio, o teu sonho, vindo
D'alma das flores do íntimo das rosas...
E que teu nome só de luz imerso,
Um dia seja no meu verso, lindo,
A rica chave do meu triste verso
[João Lins Caldas]
Natal, 1909.

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terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Arte de Gilvan Lopes. Muro do Colégio Estadual JK. Assu-RN.

Imagens da web.


quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

Se eu fosse uma fada divina,
Fazia dessa criança,
Dessa rosa pequenina,
O busto da esperança.


João Lins Caldas
Assu, 1909.

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO RIO GRANDE DO NORTE – IHGRN CALENDÁRIO CULTURAL DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO RIO GRANDE DO NORTE -2018.1

ihgrn (1)

CALENDÁRIO CULTURAL – 2018.1 

EVENTOS
25/01          17h00          Abertura dos trabalhos de 2018 – Lançamento do sítio do IHGRN        
22/02          17h00          Lançamento “Catálogo do IHGRN”  
28/03          19h00          Sessão Solene de aniversário – Lançamento da Revista do IHGRN 
ihgrn (2)PALESTRAS – QUINTA CULTURAL
22/02          17h00          Coronelismo e Cangaço no Rio Grande do Norte. Ministrada pelo escritor Honório Medeiros.
08/03          17h00          O Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte. Ministrada pelo professor e pesquisador Cláudio Galvão.
05/04          17h00          Câmara Cascudo e o Símbolo Jurídico do Pelourinho. Ministrada pelo jornalista Vicente Serejo.
19/04          17h00          O Atol das Rocas. Ministrada pela professora Zélia Sena.
17/05          17h00          História do Rio Grande do Norte. Ministrada pelo historiador Luiz Eduardo B Suassuna (Coquinho).
14/06          17h00          O Arquipélago de São Pedro e São Paulo. Ministrada pelo professor José Lins.
ihgrn (3)
EXPOSIÇÕES
15/02          17h00          Nordeste de São Sebastião – Telas do acervo particular do médico, escritor e artista plástico Iaperi Araújo.
15/03          17h00          Minérios do Rio Grande do Norte – Mostra da coleção particular de Pedro Simões Neto Segundo, com explicação e distribuição de catálogo sobre o assunto.

terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Sessão Solene nesta sexta-feira, 23, marca terceiro ano da Academia Assuense de Letras




Uma Sessão Solene na Câmara Municipal do Assú proposta pelo mandato da vereadora Delkiza Cavalcante, homenageará o terceiro ano de fundação da Academia Assuense de Letras, na próxima sexta-feira, 23, às 19h30.

Fundada em 23/01/2015, a Academia Assuense de Letras tem por finalidade o cultivo, a preservação e a divulgação do vernáculo, da literatura, da história e da atividade cultural em seus múltiplos aspectos e, vem desenvolvendo nesse período um trabalho em torno de ações e projetos que resgata e valoriza a identidade cultural do Assú.

Para a vereadora Delkiza, a proposta vem reconhecer o trabalho profícuo de uma instituição que demonstra em tão pouco tempo de vida uma grandiosidade na difusão e no desenvolvimento cultural do município.

Durante a cerimônia serão condecorados os 14 membros que atualmente forma o quadro da Academia. Os acadêmicos são: Antonio Alderi Dantas (jornalista e escritor – Cadeira 1); Auricéia Antunes de Lima (jornalista e escritora – Cadeira 2); Francisco de Assis Medeiros (advogado e poeta – Cadeira 3); Francisco José Costa dos Santos (professor e escritor – Cadeira 4); Ivan Pinheiro Bezerra (historiador e escritor – Cadeira 5); Fernando Antonio Caldas (pesquisador – Cadeira 6); Fernando Antonio de Sá Leitão Morais (engenheiro e poeta – Cadeira 7); Paulo de Macedo Caldas Neto (professor e escritor – Cadeira 8); Francisco das Chagas Pinheiro (odontólogo e cronista – Cadeira 9); Alan Eugênio Dantas Freire (professor, músico e poeta – Cadeira 10); Francisco Jobielson da Silva (professor e ator – Cadeira 11); Francisco Wagner de Oliveira (artista plástico – Cadeira 12); Paulo Sérgio de Sá Leitão (professor e poeta – Cadeira 13); e Joacir Rufino de Aquino (professor e escritor – Cadeira 14).

Segundo Francisco José Costa dos Santos, acadêmico e presidente da instituição, o momento fortalece a Academia Assuense de Letras. A proposta dá mais força na concretização dos objetivos da instituição e, por fim, compreende o momento como histórico e sente-se honrado em nome da Academia com a distinta proposição apresenta pela edil no plenário da Câmara Municipal do Assú.

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AD Comunicação Integrada
Alderi Dantas – jornalista
84 99919 4360

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

Treva a dentro

Vivo esta angústia desoladora...
De ver a vida como um mal sonho...
Outro que eu fora
Si mais risonho

O mundo enjeita, quem não abraça,
Os torturados pela desdita...
Também nem fita
Meu grande sonho pela desgraça...

Hei de mostrar-lhe, ferida aberta,
Meu grande talho, posto no rosto...
Mas que desgosto
Si ele desperta...

Não, não me veja, quero distante
Seu grande riso, pela piedade...
Quero-me longe, quero-me adiante...
E além, comigo, na tempestade,
Eu sou distante...

João Lins Caldas

(Poema do livro intitulado "Chão de Enterro" do poeta Caldas que não veio a ser publicado).

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Certa coisa que já fiz
Com um jovem em segredo,
Revelar até faz medo
Eu não digo, ela não diz
- E que eu quis e ela quis
Só podia acontecer,
Mas, o bom é não dizer
Com quem isso aconteceu...
Ela não diz e nem eu,
Quem é que pode saber?

Luiz Lucas Lins Caldas (Luizinho Caldas), poeta assuense


domingo, 18 de fevereiro de 2018

LOCUTOR DISTRAÍDO

João Machado (João Cláudio de Vasconcelos Machado era o seu nome de nascimento) - 1914-1976. Locutor, comentarista esportivo da rádio Cabugi de Natal, programa diário denominado de "O Corruchiado de Machado" que ia ao ar ao meio dia. Ele emprestou seu nome ao Estádio "Machadão" e a praça esportiva "Machadinho", que foram demolidos, para dá lugar a Arena das Dunas. Dirigiu durante muito tempo a Confederação Norte Riograndense de Futebol - FNF. Amigo de João Havelange, entre outros influentes do futebol brasileiro. Machado era casado com Dinar Soares Filgueira de aristocrática família assuense. Pois bem, o irreverente Machado  num dos seus programas, soutou a seguinte frase: "Eu tenho um olho escondido." - O poeta Renato Caldas que não perdia as oportunidades para versejar, tomar conhecimento daquela frase de Machado, escreveu:

João Machado distraído
Para ilustrar comentários
Disse entre assuntos vários:
"Eu tenho um olho escondido."
Fez bem não  ter exibido,
Machado, sabe por que?
Isto pertence a você,
Tenha cuidado com ele
que o bicho que gosta dele
É cego e também não vê.


quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018


Deste livrinho (imagem acima), data de 1996 é feito de estórias pitorescas, jocosas, espirituosas do povo da minha terra - o Assu, celeiro de figuras espirituosas. Transcrevo três estórias conforme adiante: 

João Marcolino de Vasconcelos, habitualmente chamado de Lou era advogado rábula. Pois bem. Certo dia, fora procurado em seu escritório por certa senhora viúva, proprietária de um sítio no Vale do Açu. Reclamava que seu vizinho por apelido "Zé Sebo" estava colocando todo o gado que possuía, na propriedade dela, para pastar. Antes de mover uma ação judicial queria um entendimento amigável. Lou então enviou uma carta convidando Zé Sebo comparecer em seu escritório. Comparecendo, perguntou aquele advogado: - "Seu" José... é verdade que o senhor está colocando seu gado no sítio de dona Maria, sua vizinha?" - "É verdade doutor..." - "O senhor acha que isto está certo?" - Fez nova pergunta aquele advogado. - Zé sebo foi curto e grosso: - "acho certo e vou fazer novamente e pronto.Ora, doutor Lou. Terra de moça velha e viúva rica, não tem dono!" - Dias depois, o advogado fora procurado pela sua cliente ansiosa, querendo saber o resultado do entendimento. Lou foi logo lhe dizendo: - "Minha senhora. A solução é você se casar com Zé Sebo."

José Caldas Soares Filgueira, ou Dedé Caldas como era carinhosamente chamado, era uma figura observadora e conhecedora das coisas do Assu. erta vez, ao se encontrar com certa amiga, foi logo perguntando: "Como vai sua filha, dona Maria?" - "Dédé. Minha filha casou-se com um rapaz muito bom, de posses, mas não vai bem. Não tem conforto." -  Lamentou aquela senhora. - "Mas, dona Maria. Na casa dela falta alguma coisa?" - Interrogou, Dedé. - Maria respondeu: "Olhe, Dedé. Na casa dela tem sala de jantar, fogão, geladeira, freezer, dormitório completo, tem até ar-condicionado... um luxo, né?" - Dedé ficou mais curioso ainda: - "Dona Maria. O que a  senhora entende por conforto?" - Aquela senhora direcionou a Dedé o seu braço endurecido e com a mão fechada, esbravejou com seu linguajar na forma mais direta: "Dedé. "Conforto" é talento de homem.!"

O Bar de Ximenes (Francisco Ximenes) na década de quarenta, cinquenta e início de sessenta, era o ponto de encontra das pessoas influentes da cidade de Assu. Além de bar, funcionava como casa de jogo de cartas (baralho), entre tantos frequentadores, o senhor Lauro Leite (Lauro era mossoroense, chegou no Assu, para trabalhar com Zequinha Pinheiro e foi um dos combatentes ao Bando de Lampião na invasão a Mossoró). Pois bem. Numa conversa amistosa no referenciado bar, alguém teria dito assim: - "Deus é muito bom", ao que contestou: - "É bom nada, amigo. Tira a tesão, mas não tira a lembrança." - Recriminou Lauro se autodiagnosticando.

Fernando Caldas

terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

Bandeira Branca - Marchinhas de Carnaval

De: Assu Antigo· 
Baile de carnaval, 1967. Clube Municipal. Da esquerda para a direita: ?, Socorro Torquato, Lilita. Ao fundo da oto, em pé , de chapeu podemos conferir Edinor Machado. Fotografia da Linha do Tempo/Facebook de Pedro Otávio.
Doris,Socorro Cabral ,Felicidade Rosanalia a mais alta é prima de JB.filha de D. Iara. (Foto da Linha do Tempo-Facebook de Doris Carvalho).
De: Assu Antigo 
Carnaval, 1959. ?, "Seu" Cristóvão Dantas, Pereira?, ?.

  UMA VEZ Por Virgínia Victorino (1898/ 1967) Ama-se uma vez só. Mais de um amor de nada serve e nada o justifica. Um só amor absolve, santi...